"A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária." - Karl Marx & Friedrich Engels

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Conversa fiada


                Há algum tempo, conversando e discutindo com outras pessoas, percebi que o assunto “política” é amplamente evitado e, na maioria das vezes, aquele que direcionou a conversa ao assunto é taxado de inconveniente.
                Muitas pessoas não gostam de discutir política porque dizem ser um assunto maçante ou então simplismente são desinteressados e não estão integrados no assunto. Entretando, independente do que é dito, todas as justificativas direcionam para um único ponto: O brasileiro não sabe pensar.
                No Brasil, temos um péssimo histórico político e, para tornar a situação um pouco mais grave, o povo não faz ideia disso. A dificuldade em formar opiniões e o desinteresse em estar a par da situação é fruto de uma educaçao precária e uma mentalidade deficiente. A mentalidade do brasileiro é exageradamente individualista, ao ponto de não importar-se com pessoas alheias para atingir seu objetivo. Devido a isto, não existe interesse em conhecer política, visto que assuntos teoricamente inúteis não levarão ninguem ao objetivo maior, que é enriquecer.
                A maior prova dessa mentalidade é o fato de o voto ser um direito obrigatório (uma irônia, como muitas coisas que só o Brasil faz por você), o que mostra o quão os brasileiros realmente se interessam por política.
                Enquanto as pessoas não tomarem consciencia, nada vai melhorar. Esta ilusão na qual vivemos, onde pensamos que esquecer tudo e preocupar-se apenas com o que dizem que é importante, nunca vai acabar. Devemos nos informar a respeito do nosso lugar, devemos espalhar a cultura e dissipar o individualismo, tudo a favor da coletividade, e assim, somente assim, presenciaremos algum progresso

por Paulo Rodriguez

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Suspiro de um líder

"Ame seu país como ama a sí mesmo
Agarre uma causa e defenda-a com a vida
Não apenas pense, dê sentido ao pensamento
Seja puro, seja íntegro, seja verdadeiro
Ame seu povo, ame sua história
Ame suas riquezas, ame suas pobrezas
Ame incondicionalmente, não enfraqueça jamais."

por Paulo Rodriguez

Aquarela do Brasil
Gal Costa
Brasil!

Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
Ó Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil!
Pra mim, pra mim, pra mim

Ah, abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil
Pra mim!

Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor

Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Brasil!
Pra mim, pra mim, pra mim

Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente

O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
Ó Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil!
Pra mim, pra mim, pra mim

O esse coqueiro que dá côco
A onde amarro a minha rede
Nas noites claras de luar

Brasil!
Pra mim

A houve estas fontes murmurantes
A onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar

A esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil!
Pra mim, pra mim
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim
Brasil, Brasil, Brasil, pra mim...



sábado, 25 de setembro de 2010

O individualismo e as eleições

                A idéia deste tema surgiu em uma conversa, com um grande amigo, quando conversávamos sobre inutilidades, e de repente surgiu o tema individualismo, e logo já estávamos discutindo sobre as eleições e o voto baseado nos interesses pessoais. E, concluímos que,  apesar de vivermos em uma democracia, vivemos também em uma sociedade capitalista, logo, seguindo esta linha de raciocinio, uma democracia capitalista, um termo que na minha opinião é um paradoxo.
                Em nenhum momento as pessoas pensam em conjunto, inclusive em tempos de eleição. Jamais vigora o pensamento de querer o melhor para o todo, e sim de querer o melhor para si. Em algumas discussões, conversas, e coisas do gênero, eu já ouvi muitas coisas, e, o que é mais engraçado, são muitas opiniões a respeito de um mesmo assunto. Muitas pessoas criticam um governo, um governante, ou até mesmo qualquer tipo de líder responsavel por administrar algo de bem comum (um síndico em um condomínio por exemplo). Ouvi pessoas criticarem um governo por não fazer algo, ou por fazer algo, que, na cabeça de quem diz, não fez diferença alguma. É obvio que pessoas de classe mais alta, como executivos por exemplo, sempre vão criticar um governo voltado para o povo, simplismente porque algo que é voltado para o povo não atende o interesse individual desta parcela da população. E, seguindo a mesma linha de raciocínio, é obvio que os mais populares, como peões por exemplo, jamais irão falar bem de um governo voltado para as classes mais altas.
                O mais engraçado de tudo isto, é que, o modo como criticam, os motivos, as reclamaçoes, dentro de seus padrões, são exatamente as mesmas. O mais interessante de tudo é que todas estas reclamações são baseadas em interesses individuais. Ninguém, absolutamente ninguém, ao falar mal de um governo, pensa no estado como um todo, e que, quando o interesse de outras pessoas, teoricamente mais necessitadas, são atendidos, os seus serão por tabela. É claro que eu escuto muito mais reclamações de classes mais altas do que os mais pobres, e isto é meio óbvio, visto que as classes mais baixas são a maioria absoluta da população e com certeza uma quantidade muito maior de votos. Contudo, este não é o meu ponto, usarei como exemplo o ultimo governo para motrar o que desejo.
                O governo lula, tão famoso governo lula, amplamente criticado pelas classes mais altas, visto que, para eles este governo nao foi um governo tão bom assim. É claro que as pessoas, quando fazem estas criticas, não pensam como um todo, pois, se assim fosse, não diriam. O individualismo está tão encrustrado na nossa sociedade, que, ao pensar somente no que seria melhor pra nós mesmos, esquecemos que fazendo parte de um todo, se outras pessoas não estão bem, isso acarretará em consequencias para todos. Logo, devemos pensar em tudo como uma só unidade, onde cada pessoas afeta diretamente outras, e o bem estar comum é o mais importante.
                Então, concluímos que, ao pensarmos no melhor apenas para nós mesmos, ou o que julgamos melhor para nós mesmos, esquecemos dos outros, e, consequentemente de que fazemos parte de um mesmo todo, e, o que teoricamente seria o melhor passa a não ser, e em consequencia disso o desenvolvimento fica comprometido. Devemos, e nada menos que isso, pensar no que seria melhor pra gente, e ao mesmo tempo o que seria melhor pros outros, e, não deixar de lado, pois um individualismo moderado é importante, mas devemos também pensar no todo e através disso julgar o que seria melhor para a sociedade.

por Paulo Rodriguez

sábado, 18 de setembro de 2010

Vote bem! Vote nulo!

          2010! Ano de eleições! Bem vindo ao circo! Votar consciente é um paradoxo! Qualquer pessoa que tenha o mínimo de bom senso e respeito pelo país, e que esteja em pleno estado de consciência, não vota! Não precisamos mais de palhaços fazendo palhaçadas para alegrar crianças em hospitais, basta ligar a TV no horário políticos! Uma questão básica: Como o Tiririca conseguiu sua candidatura?! Como tantos candidatos, em sua grande maioria, sem proposta alguma, conseguem candidatar-se?
          Netinho?! Agora, com o "pagodão", a festa dos políticos no circo "Palácio Central" está completa! Frase do dignissimo Marcelo Tas: "Desculpe Netinho, mas eu prefiro votar em branco"! E, é claro, como nao pode faltar as dançarinas na festa, uma seleção de frutas, escolhidas a dedo, peitos e bunda, para aliviar a tensão do árduo trabalho de nossos futuros deputados!
          Quando as eleições no Brasil deixarão de ser um circo?! Centenas de candidatos, todos eles sem nenhuma idéia! Idéias, não podemos votar em pessoas, devemos votar em idéias, ideologias! Vote consciente, não perca seu voto, anule-o e mostre alguma indignação e respeito pelo seu país, respeito este que foi perdido há tempos.

por Paulo Rodriguez


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Filme da Semana

SINOPSE

No vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira, andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, "o filme mais arretado do mundo". A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua. João Grilo e Chicó preparam inúmeros planos para conseguir um pouco de dinheiro. Novos desafios vão surgindo, provocando mais confusões armadas pela esperteza de João Grilo, sempre em parceria com Chicó, mas a chegada da bela Rosinha (Virgínia Cavendish), filha de Antonio Moraes (Paulo Goulart), desperta a paixão de Chicó, e ciúmes do cabo Setenta (Aramis Trindade). Os planos da dupla, que envolvem o casamento entre Chicó e Rosinha e a posse de uma porca de barro recheada de dinheiro, são interrompidos pela chegada do cangaceiro Severino (marco Nanini) e a morte de João Grilo. Todos os mortos reencontram-se no Juízo Final, onde serão julgados no Tribunal das Almas por um Jesus negro (Maurício Gonçalves) e pelo diabo (Luís Melo). O destino de cada um deles será decidido pela aparição de Nossa Senhora, a Compadecida (Fernanda Montenegro) e traz um final surpreendente, principalmente para João Grilo.

TÍTULO ORIGINAL
O Auto da Compadecida
LANÇAMENTO
2000-09-15
DIREÇÃO
Guel Arraes
CO-PRODUÇÃO
Globo Filmes
DISTRIBUIÇÃO
Columbia Tristar
ELENCO
Matheus Nachtergaele . . .  João Grillo
Selton Mello . . .  Chicó
Virgínia Cavendish . . .  Rosinha
Diogo Vilela . . .  Padeiro
Denise Fraga . . .  Dora
Rogério Cardoso . . .  Padre João
Lima Duarte . . .  Bispo
Marco Nanini . . .  Cangaceiro Severino
Enrique Diaz . . .  Capanga
Aramis Trindade . . .  Cabo Setenta
Bruno Garcia . . .  Vicentão
Luís Melo . . .  Diabo
Maurício Gonçalves . . .  Jesus Cristo
Fernanda Montenegro . . .  Nossa Senhora
FICHA TÉCNICA
Direção de Arte: Lia Renha
Figurino: Cao Albuquerque
Diretor de Fotografia: Felix Monti
Montagem: Paulo Henrique Farias
Direção de Produção: Eduardo Figueira
Produtor Associado: Daniel Filho
Baseado na obra de: Ariano Suassuna

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Desalienação Musical




Roda Viva


Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo (etc.)

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo (etc.)

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo (etc.)


 

sábado, 11 de setembro de 2010

A razão e os sentidos


            Racionalismo. A verdade. O não palpável, duvidoso. Pegar, cheirar, ouvir, ver, degustar. Isto é o real. Cinco são os nossos sentidos. Detectores da verdade absoluta. Ceticismo. Nada, além disso, é real. O plano do imaginário é inexistente. A ciência guia a sociedade. A ciência é cega. Sociedade. Poucos dizem conhecer os outros sentidos. Loucos. Mito da caverna. Obscuro. Negro. Ignorância. Benção.
            O universo é energia, que flui em um ciclo infinito, tudo está interligado, todos nós somos apenas um. O planeta, a natureza, a vida, todos sentem, todos vivem, todos morrem. Estamos tão presos aos nossos cinco sentidos que nos esquecemos de todos os outros. A intuição, os sonhos, os devaneios. Destino, existindo ou não, o propósito continua alí, basta cada um encontrar o seu. Existem coisas que não precisamos provar, não podemos provar, elas simplesmente existem, e a unica coisa que podemos controlar é se queremos acreditar ou não. Yin-Yang, o equilíbrio, isto existe, isto é a vida, tudo o que fazemos, a terra devolve do mesmo jeito. A razão é uma dádiva, e ao mesmo tempo uma maldição. Nem tudo pode ser estudado, nem tudo pode ser provado, e, muito menos, ignorado.

           por Paulo Rodriguez

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Filme da Semana


 Adeus, Lênin!
(Good Bye, Lenin!, 2003) • Direção: Wolfgang Becker
• Roteiro: Wolfgang Becker
,Bernd Lichtenberg
• Gênero:
Drama
• Origem:
Alemanha
• Duração:
121 minutos
• Tipo:
Longa-metragem
• Sinopse:  A mãe de Alexander, fiel devota do socialismo na antiga Alemanha Oriental, tem um ataque cardíaco ao ver o filho em uma passeata contra o sistema vigente. Quando ela acorda do coma, após a queda do muro de Berlim, o médico aconselha a Alexander que ela evite emoções fortes, pois outro ataque tão cedo seria fatal. Com o peso na consciência pelo estado atual de sua mãe, Alex faz de tudo para que ela continue vivendo em uma ilusória Alemanha socialista, mudando embalagens de produtos industrializados e até mesmo inventando documentários televisivos para preencher as brechas do dia-a-dia do recente capitalismo no país. 


       É um filme muito interessante, com um leve toque de comédia e várias criticas implícitas e explícitas.

por Paulo Rodriguez

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eleições "Democráticas".

                Bom, hoje vim aqui falar de um assunto sério, na verdade muito sério, mas que ultimamente não vem sendo tratado com tanta seriedade assim: As eleições para deputados, senador, governador e presidente da república.
           As eleições são um dos simbolos da democracia, onde o povo através do voto tem o poder de escolher o seu representante, a pessoa que irá governar o seu estado e seu país. Entretanto esta "democracia" nas eleições vem sendo motivo de questionamento no Brasil, principalmente em relação a mídia brasileira.
          O primeiro ponto de questionamento é: Porque apenas três dos nove candidatos a presidência da república são convidados para participar de debates nas principais redes televisivas? O Brasil possui nestas eleições NOVE candidatos a presidência e apenas três ou quatro são mostrados para o povo. O segundo ponto de questionamento é: A divisão do horário político obrigatório. No horário político obrigatório é evidente que os partidos menores tem um tempo absurdamente menor do que os partidos considerados grandes, e me explique, cade a democracia nisto?
         Além destes pontos citados acima que mostram a imensa falta de democracia por parte da mídia brasileira, que diga-se de passagem é uma concessão pública, nessas eleições ainda existem outros fatores que não podem ser deixados para trás, e destes fatores o mais importante é o custo das eleições. O custo apenas dos dois "principais" candidatos a presidência ultrapassa 320 milhões de reais, "PUTA QUE O PARIU!" 320 milhões de reais para campanha política, dinheiro que em vez de ser gasto em prol da população é gasto para que políticos falem da sua vida pessoal e de seus feitos do passado em vez de mostrar seus ideais e suas propostas.
         Infelizmente nós vivemos em um cenário desse, e o pior nós somos tão alienados que não conseguimos perceber, abramos nossos olhos, pensemos e depois votemos, com a consciência das possibilidades e da variedade de escolhas que nós temos e depois cobremos nossos candidatos pois nós o elegemos, ele trabalha por nós, CIDADÃOS BRASILEIROS!

por João Rodriguez

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Diga não à censura


A mídia brasileira, considerando os últimos anos, vem crescendo em proporções gigantescas, principalmente quando falamos de críticas e protestos com um leve toque (ou pesado toque) de humor.
Entretanto, esta mídia, referindo-me especificamente à televisão, diferente dos jornais e revistas, atinge uma parcela muito maior da população que, em consequencia disto, tem a possibilidade de formar melhores opiniões a respeito de assuntos que antes nao eram discutidos abertamente e desta forma.
Contudo, para a nossa “insurpresa”, a censura “caiu matando” em cima de tais programas impossibilidando-os de realizarem certas criticas, alegando insulto e destruição de imagem pública. Entretanto, como uma imagem pode ser destruída quando esta mesma nunca fez nada errado? Conclusão: A censura está vigorando apenas porque tais programas oferecem risco a esquemas já planejados, oferecem riscos pois incitam a população a cobrarem seus direitos.
Resumo da ópera: A censura, novamente, é usada no Brasil como forma de opressão à expressão e verdades e como forma de controle da população, pois, se assim não fosse, o que a conteceria se todos começassem a lutar pelos seus direitos?



por Paulo Rodriguez

terça-feira, 17 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rafael Mascarenhas, tragédia ou comédia?


Há pouco tempo atrás, a morte de Rafael Mascarenhas, filho da aclamada atriz Cissa Guimarães, chocou a todos. Atropelado em um túnel pela madrugada, enquanto andava de skate, por um carro em alta velocidade. O garoto chegou ao hospital com a maior parte dos ossos do corpo fraturados, e morreu no hospital... bla bla bla.
            Não preciso repetir esta noticia pelo simples fato de que TODOS os malditos jornais publicaram essa bagaça, e não bastasse publicar uma matéria que não vai afetar em nada a nossa vida, estas notícia ficou no ar e na boca do povo por dias, quase como no caso Isabela Nardoni. Todo o Brasil, talvez não só o Brasil, soube da morte desse rapaz. Eu fico espantado com o fato de como uma morte pode vir a se tornar tão pública.
            O mais engraçado disso tudo é que, agora, vão dar o nome de um túnel para um herói, um garoto que foi atropelado em plena madrugada, por não estar fazendo absolutamente NADA de errado, quer dizer, andar num túnel vazio, mesmo que fechado, em plena madrugada NÃO é nada fora do comum, e todo mundo faz isso, aliás, fecharam o túnel justamente porque era normal muitos jovens se reunirem, e para deixa-los em paz e em segurança, resolveram fechar o túnel de madrugada.
            E o mais engraçado de isso tudo, é que essa porra ficou passando na TV, saindo em jornal, e essa caralhada toda porque o filho da puta era rico e conhecido! Todo dia morre gente baleada, gente é assaltada, estuprada, e nada, absolutamente nada disso fica tanto tempo na mídia. Tudo bem, uma reportagem sobre a morte do filho de uma atriz consagrada, um enterro bonito, digno, agora, disso a imortalizar o rapaz dando o nome dele a um túnel, me desculpe, mas isso é muito pra minha cabeça, todo dia algo absurdamente hediondo acontece na nossa falha sociedade, e todo mundo para devido a morte de um adolescente que estava na hora errada e no lugar errado?!
Na minha mais humilde opinião, eu acho que a mídia brasileira não se preocupa em reportar notícias sérias, mas sim em reportar notícias que vendem, e, o que venderia mais do que a morte de um rico famoso?! A morte sempre é uma tragédia, mas o que a mídia faz com a morte, passa de uma tragédia para uma comédia, na qual nós somos os espectadores, os repórteres os palhaços, e o morto, o ator principal.

por Paulo Rodriguez

domingo, 1 de agosto de 2010

Criticas... construtivas?


               Atualmente, existe uma facilidade nos meios de comunicação somada a uma liberdade para expor opinioes e idéias, de modo que, qualquer indivíduo possa expressar-se e divulgar qualquer forma de pensamento. Por um lado, isso é ótimo, visto que se assim não fosse, eu nao poderia estar aqui, divulgando minhas idéias, mas por outro, a quantidade de “lixo mental” produzida é simplismente absurda.
                Apesar de toda esta apresentaçao, eu estou aqui pra falar de um assunto um pouco mais específico, estou escrevendo para falar da internet, mais precisamente de blogs e videologs. Hoje, existem muitos blogs muitos videologs famosos, todos acessados por milhares de gente todo o dia, ou seja, seu pensamento divulgado para todas essas pessoas. Entretanto, o ponto em que quero chegar é: O que realmente vale a pena e o que é “lixo mental”?
                Normalmente, quando voce divulga suas opinioes, voce acaba atraindo pessoas que compartilham desta mesma opiniao, e que, provavelmente, vai gostar do que voce fala. Todavia, se a pessoa compartilha da mesma opinião, não há necessidade de ela ler o que voce divulgou, e, mais complicado ainda, é quando os blogs falam de coisas que nao falam nada de coisa alguma. Normalmente quando se critica alguma coisa, voce usa e manipula argumentos para provar que o seu ponto de vista é o certo, entretanto, se os seus argumentos sao coisas já sabidas por todos, voce simplismente está dizendo que, me valendo de uma metáfora, “banana é banana”.
                Além disso, voce deve argumentar também sobre algo que realmente valha a pena, por exemplo: Muitos blogs e videologs criticaram de todos os modos possíveis a trilogia do filme crepúsculo, e realmente, as criticas são boas e engraçadas, a criatividade muito boa, mas, com todo o respeito, que porra criticar um filme vai mudar a vida das pessoas? Eu acredito que assuntos mais interessantes podem ser abordados com o mesmo humor, e sem perder seguidores, afinal, o interessante nao é impressionar pessoas que pensam como voce, e sim cativar pessoas que ainda nao tem uma opiniao formada ou até pensam diferente a respeito de determinado assunto.
                A minha intenção com esse breve texto, não é criticar ou dizer que os blogs/videologs são ruins ou são bons, eu só penso que assuntos mais importantes e necessários poderiam ser abordados com o mesmo grau de humor. Eu espero que a qualidade dos blogs continue a mesma, mas, com todo o respeito, a qualidade dos assuntos abordados precisam ser melhoradas com urgencia.

por Paulo Rodriguez

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um mundo perfeito

"Não há ódio, pois não se conhece o amor
Não há tristeza. pois não se conhece a felicidade
Não há escuridão, pois não se conhece a luz
Não há traição, pois não se conhece a lealdade
Não há pobreza, pois não se conhece a riqueza
Não há maldade, pois não se conhece a compaixão
Não há solidão, pois não se conhece a companhia

Não existem pessoas, nem pensamentos
Existe apenas a paz, e o nada
Ao desconhecer tudo e todos, perfeição."


As coisas boas não existem sem as seus respectivos opostos
Se a vida  é uma balança que não pende pra nenhum lado
Pense nisso...

por Paulo Rodriguez

sábado, 26 de junho de 2010

E o nacionalismo, onde está?

          A Copa do Mundo! Quem nunca ouviu falar deste evento tão grandioso? Quem nunca encheu os pulmões de ar para soprar com toda a força uma vuvuzela? Quem nunca vibrou quando seu país marca um gol, ou então chorou quando seu país foi derrotado em uma partida? Eu creio que todos nós passamos pelas mesmas sensações ao assistirmos a uma copa do mundo.
          Mas a questão aqui, apesar de eu ter iniciado este texto com um assunto tão interessante e emocionante, não é falar de algo tão interessante e emocionante, mas igualmente, se não mais, importante. Eu usei a Copa do Mundo pois é a melhor representação nos dias atuais, de algo que já nao é tão vivo assim no coração das pessoas, mas, principalmente, dos brasileiros. Quando uma torcida vibra em uma Copa do Mundo, ela não está apenas vibrando a vitória de um time sobre outro, e sim toda a vitória de um país, algo em que o seu país se destaca, e você o ama por isto, voce sente um Nacionalismo, um amor incontestável e inigualável pelo seu país.
          Contudo, este nacionalismo, em tempos normais (expressão que aqui significa for a de eventos mundiais) fica suprimido, as pessoas não sentem amor pelo seu país, e não pensam sobre o que podem e devem fazer para melhorar o seu país, não só pra si, mas um lugar melhor para todos. Em tempos normais, as pessoas voltam as suas vidas, onde vivem em um mundo paralelo, como se cada pessoa vivesse independente e que suas vidas não estivessem entrelaçadas por uma nacionalidade em comum. É fato que, cada pessoa é um indivíduo, e cada indivíduo tem a sua vida em paticular, mas é fato também, e não posso deixar de citar, que cada decisão, cada atitude tomada resulta em consequencias que afetarão não só o indivíduo, mas uma cadeia de indivíduos ligados a ele direta ou indiretamente.
          Portanto, insisto em bater novamente na mesma tecla, para que deixemos de guardar o nosso nacionalismo somente para eventos mundiais e passemos a sentí-lo diariamente, e a pensar na nossa pátria e todos os indivíduos que nela vivem como um só organismo vivo, que funciona apenas quando todos estão bem e dispostos, passemos a pensar sempre em melhorar, independente de opiniões, porque, apesar de as opinioes serem sempre divergentes, o Bem é uma coisa só, uma verdade, para onde todas as opiniões sempre convergem.
Pense nisso…

por Paulo Rodriguez

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por que paz?


Confesso que quando aceitei escrever nesse blog tive um rápido pensamento de “phodew”, pois já me julgo bastante ocupado com outras produções acadêmicas e com o próprio centro acadêmico, mas o espaço de discussão deverá ser bastante frutífero e creio que só teremos a ganhar dividindo o conhecimento obtido em nossos cursos.
Então, uma vez aceita a tarefa de aqui registrar alguns pensamentos, surge o problema: o que escrever? Estive pensando no assunto a semana inteira e encontrei a resposta enquanto folheava Dom Casmurro, para ser mais exato no capítulo XC, em que Bentinho encontra seu amigo que sofre de lepra e conta de sua troca de cartas sobre a Guerra da Criméia.
Ah, o humor machadiano, quando a lepra está corroendo o jovem Manduca, da mesma forma que rebeliões arrancavam a vitalidade do Grande Enfermo, o Império Otomano. É verdade, os russos não entraram em Constantinopla, mas o plano que devia ter evitado essa guerra, o Congresso de Viena e o Concerto Europeu, falharam em manter o status quo e a paz da Europa.
E é sobre isso que venho escrever, um tema para o qual não tenho a mínima solução, mas que tem grande destaque e deve ser valorizado com grande cuidado: a Paz. Nenhuma Santa Aliança foi capaz de salvar o pobre Manduca e nenhum equilíbrio de poder foi capaz de evitar as Guerras Mundiais, não importando quais fossem as aspirações de Metternich.
“Perguntar quem ganhou uma guerra equivale a indagar quem ganhou o terremoto de São Francisco”* Na guerra não há vitoriosos, mas graus variados de derrota. Mas como nenhuma tentativa de Estados Nacionais foi capaz de impedir a existência de guerras, como foi o caso do Concerto Europeu, hoje buscamos diminuir sua incidência e danos, talvez porque a pergunta de “a paz universal é possível?” seja desanimadora demais.
Creio já haver me alongado demasiado, essa foi somente a explicação do que os próximos posts irão tratar na esperança de que possamos nos aproximar um pequeno passo da “Paz Perpétua”.

por Paulo S. C. Yoshimoto