"A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária." - Karl Marx & Friedrich Engels

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sábado, 26 de junho de 2010

E o nacionalismo, onde está?

          A Copa do Mundo! Quem nunca ouviu falar deste evento tão grandioso? Quem nunca encheu os pulmões de ar para soprar com toda a força uma vuvuzela? Quem nunca vibrou quando seu país marca um gol, ou então chorou quando seu país foi derrotado em uma partida? Eu creio que todos nós passamos pelas mesmas sensações ao assistirmos a uma copa do mundo.
          Mas a questão aqui, apesar de eu ter iniciado este texto com um assunto tão interessante e emocionante, não é falar de algo tão interessante e emocionante, mas igualmente, se não mais, importante. Eu usei a Copa do Mundo pois é a melhor representação nos dias atuais, de algo que já nao é tão vivo assim no coração das pessoas, mas, principalmente, dos brasileiros. Quando uma torcida vibra em uma Copa do Mundo, ela não está apenas vibrando a vitória de um time sobre outro, e sim toda a vitória de um país, algo em que o seu país se destaca, e você o ama por isto, voce sente um Nacionalismo, um amor incontestável e inigualável pelo seu país.
          Contudo, este nacionalismo, em tempos normais (expressão que aqui significa for a de eventos mundiais) fica suprimido, as pessoas não sentem amor pelo seu país, e não pensam sobre o que podem e devem fazer para melhorar o seu país, não só pra si, mas um lugar melhor para todos. Em tempos normais, as pessoas voltam as suas vidas, onde vivem em um mundo paralelo, como se cada pessoa vivesse independente e que suas vidas não estivessem entrelaçadas por uma nacionalidade em comum. É fato que, cada pessoa é um indivíduo, e cada indivíduo tem a sua vida em paticular, mas é fato também, e não posso deixar de citar, que cada decisão, cada atitude tomada resulta em consequencias que afetarão não só o indivíduo, mas uma cadeia de indivíduos ligados a ele direta ou indiretamente.
          Portanto, insisto em bater novamente na mesma tecla, para que deixemos de guardar o nosso nacionalismo somente para eventos mundiais e passemos a sentí-lo diariamente, e a pensar na nossa pátria e todos os indivíduos que nela vivem como um só organismo vivo, que funciona apenas quando todos estão bem e dispostos, passemos a pensar sempre em melhorar, independente de opiniões, porque, apesar de as opinioes serem sempre divergentes, o Bem é uma coisa só, uma verdade, para onde todas as opiniões sempre convergem.
Pense nisso…

por Paulo Rodriguez

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por que paz?


Confesso que quando aceitei escrever nesse blog tive um rápido pensamento de “phodew”, pois já me julgo bastante ocupado com outras produções acadêmicas e com o próprio centro acadêmico, mas o espaço de discussão deverá ser bastante frutífero e creio que só teremos a ganhar dividindo o conhecimento obtido em nossos cursos.
Então, uma vez aceita a tarefa de aqui registrar alguns pensamentos, surge o problema: o que escrever? Estive pensando no assunto a semana inteira e encontrei a resposta enquanto folheava Dom Casmurro, para ser mais exato no capítulo XC, em que Bentinho encontra seu amigo que sofre de lepra e conta de sua troca de cartas sobre a Guerra da Criméia.
Ah, o humor machadiano, quando a lepra está corroendo o jovem Manduca, da mesma forma que rebeliões arrancavam a vitalidade do Grande Enfermo, o Império Otomano. É verdade, os russos não entraram em Constantinopla, mas o plano que devia ter evitado essa guerra, o Congresso de Viena e o Concerto Europeu, falharam em manter o status quo e a paz da Europa.
E é sobre isso que venho escrever, um tema para o qual não tenho a mínima solução, mas que tem grande destaque e deve ser valorizado com grande cuidado: a Paz. Nenhuma Santa Aliança foi capaz de salvar o pobre Manduca e nenhum equilíbrio de poder foi capaz de evitar as Guerras Mundiais, não importando quais fossem as aspirações de Metternich.
“Perguntar quem ganhou uma guerra equivale a indagar quem ganhou o terremoto de São Francisco”* Na guerra não há vitoriosos, mas graus variados de derrota. Mas como nenhuma tentativa de Estados Nacionais foi capaz de impedir a existência de guerras, como foi o caso do Concerto Europeu, hoje buscamos diminuir sua incidência e danos, talvez porque a pergunta de “a paz universal é possível?” seja desanimadora demais.
Creio já haver me alongado demasiado, essa foi somente a explicação do que os próximos posts irão tratar na esperança de que possamos nos aproximar um pequeno passo da “Paz Perpétua”.

por Paulo S. C. Yoshimoto

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Carne, Veneno

     
          Em meu ultimo "post", dissertei sobre os pensamentos e os valores humanos na atualidade, e associei-os diretamente ao capitalismo. Confesso que, novamente em uma tentativa de crítica ao nosso atual sistema, nao farei nada mais do que associar novamente idéias ao capitalismo.
          Cotidianamente, passamos por muitas coisas, mas nem sempre nos damos conta de sua importância. Todo dia repetimos uma rotina, e estamos tão acostumados, ou até em melhores palavras, doutrinados a fazer as mesmas coisas, e, assim como nossa vida é uma rotina, a nossa alimentação não seria diferente, comemos sempre do mesmo modo, e por mais que tentemos variar, sempre comemos, basicamente, as mesmas coisas.
          Mas, não é da alimentação cotidiana que eu quero falar, e sim, mais precisamente, da alimentação de carne como uma rotina. A carne é amplamente consumida, todavia, ser amplamente consumida não quer dizer que todos alimentam-se dela, e sim que uma pequena gama de pessoas comem carne com certa frequencia. A maioria absoluta da população não tem recursos para se alimentar de carne, visto que a carne não é barata, e muito pouco acessivel a parcela da população que tem certos "limites" financeiros.
           Contudo, apesar de toda esta questão em cima do consumo da carne, este não é exatamente o assunto que eu quero tratar sobre a carne. Além de tudo o que já foi dito, a carne é altamente toxica e indigesta para o nosso organismo, sem falar dos hormônios e antibióticos administrados nos animais para um desenvolvimento mais rapido e para evitar doenças, já que o ambiente de criação insalubre propicia isto.
          Além do que já fora apresentado, ainda existe a questão sobre o bem estar dos animais, de como são criados e como são tratados desde o seu nascimento até o abatedouro. Os animais são enquadrados no processo industrial e tratados como produtos, ficam confinados em pequenas áreas, até cumprir a sua vida útil, economicamente falando, e depois serem descartados.
          Visto os fatos apresentados até aqui, você deve estar se perguntando, então, porque a produção de animais e o consumo de carne não foi cortado, porque ninguém faz algo para mudar isto?
          A resposta é simples: Nao é interessante para o capitalismo fazer algo. A indústria da carne e da matança movimenta rios de dinheiro, e simplismente não é interessante parar. O produtor de carne ganha, o produtor dos grãos usados na alimentação dos animais ganha, o sistema ganha, é um mercado bem lucrativo.       
          E aqui vai uma curiosidade interessante: Hoje, existem no mundo a mesma quantidade de cabeças de gado e de pessoas, e os grãos que são produzidos para alimentar este mercado seriam suficiente para acabar com a fome no mundo.

por Paulo Rodriguez

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Homem e o Sistema

       
          As pessoas tem a péssima mania de, quando em uma discussão, se valer de muitos argumentos para justificar o funcionamento de sistemas políticos. A questão é, qual sistema realmente funciona? Qual sistema é pleno e qual sistema é falho?
          Eu diria que não existe um sistema melhor e outro pior, apenas sistemas diferentes, porém nao me cabe dizer isto, até porque eu nem acredito nisto. Ao ponto de vista social, existe um sistema, pelo menos na teoria, justo e igualitário, o Socialismo. Este sistema seria, pelo menos teoricamente, o mais condizente com a ideia de igualdade, contudo, apesar de deixar bem clara a minha opinião a esse respeito, não é disto que eu realmente gostaria de falar.
          No inicio deste texto, eu perguntei qual sistema realmente funcionava, entretanto, não houve uma resposta, e nao houve uma resposta pelo simples fato de que, hoje, não existe um sistema que funcione, pelo simples fato de que o Homem não funciona. A mentalidade capitalista, hoje impregnada em nossa sociedade, a cultura do consumismo, a cultura da superioridade, e cultura da anti-coletividade, um solo perfeito para o desenvolvimento do capitalismo, e um solo praticamente infértil para qualquer outro sistema que se baseie na igualdade.
          Enquanto a nossa mentalidade nao mudar, enquanto o individualismo predominar, nenhum sistema será válido, se não o capitalismo, que nada mais é do que a maior prova de que o ser humano deixou de ser coletivo. A partir do momento que a mentalidade mudar, o capitalismo tende a desaparecer, pois a base do capitalismo é a exploração, mas enquanto isso nao mudar, nada melhora.

por Paulo Rodriguez